Declarar que temos problemas não é particularmente útil. Meu objetivo é dizer que a maior parte da nossa energia é usada, dia após dia, em tomar decisões. É comum ouvirmos “Não posso decidir, diga-me o que fazer”. “Receio tomar a decisão errada”. “Estou sempre a ponto de ter um colapso nervoso, eu me detesto, não consigo levar a cabo coisa alguma, minha vida é uma sucessão de fracassos”.
Embora essas afirmativas expressem problemas, todas se originam na dificuldade que cerca a tomada de uma decisão. A natureza da indecisão é, às vezes, traduzida na súplica “Faça alguma coisa”.
O primeiro passo para resolver qualquer dificuldade é reconhecer que em cada decisão há três conjuntos de dados que têm que ser processados: o primeiro está no Pai; o segundo, na Criança e o terceiro, no Adulto.
Só se conseguirá resolver satisfatoriamente o problema, se houver coerência na escolha do tipo a ser trabalhado.
O propósito da Análise Transacional é descobrir que parte de cada uma delas - Pai, Adulto ou Criança - está originando cada estímulo e resposta.
TRANSAÇÃO PAI-PAI
Situação de duas pessoas mulheres em um ponto de ônibus:
Senhora nº 1: Parece que vamos atrasar de novo...
Senhora nº 2: É sempre assim.
Senhora nº 1: Já viu algum dia um ônibus dentro do horário?
Senhora nº 2: Nunca.
Senhora nº 1: É como eu digo sempre: “Hoje em dia não se tem mais os serviços como os que eram oferecidos no passado.
Senhora nº 2: No entanto eles sabem cobrar mais caro. Pode ter certeza disso!
Como você pode perceber, este diálogo não terá fim. As duas senhoras tornar-se-ão amigas e confidentes, pois compartilham da mesma opinião e não possuem flexibilidade para mudar o que pensam sobre o assunto.
E você? Tem utilizado muito ou pouco a sua comunicação de Pai com as pessoas?
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