Ela não tinha 40 anos.
Determinada, inteligente, organizada e dona de si, vivia achando que não era boa o suficiente.
Gostava de ajudar e era uma líder nata. Porém faltava algo na sua vida.
Sempre achava que a situação do outro era mais privilegiada do que a dela.
Na verdade, ela sempre esteve olhando para fora e não para o seu sistema de origem.
Com o passar do desenvolvimento do processo da terapia sistêmica, ficou claro que por ter perdido o pai, ainda na pré adolescência, não conseguiu lidar com a dor absurda que assolava as suas entranhas.
Em Constelações Familiares este fenômeno de não aceitar a morte , remete à ideia de abandono, ocasionando o crescimento com raiva de seu pai por ter deixado a filha, como se ele fosse o responsável pela dor causada.
Utilizei então, a dinâmica de frases sistêmicas reconhecendo o pai e o liberando para cumprir o seu destino. Assim foi possível eliminar sentimentos de culpa, raiva ou inadequação no mundo por algum motivo não aparente.
Por isto, o mais importante, é deixar o lugar do pai no sistema de origem mesmo depois da morte. E isto pode ser representado por meio de uma foto construída pela paciente que após alguns dias comentou:
“ Não sabia que ignorava tantos sentimentos gerados a partir da morte dele. Hoje com o trabalho realizado e conhecendo as Leis do Amor, posso compreender como as coisas acontecem e dar novo significado a elas”.
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